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22 de Outubro de 2025
As quedas e fraturas em pessoas idosas são uma das principais causas de perda de autonomia e internações hospitalares no Brasil. No Dia Mundial e Nacional da Osteoporose, 20 de outubro, o alerta se volta para um dos maiores fatores de risco por trás desses episódios: a fragilidade óssea causada pela osteoporose, uma doença silenciosa que atinge cerca de 10 milhões de brasileiros, segundo a Fundação Internacional de Osteoporose (IOF).
“É uma condição que se desenvolve de forma lenta e sem sintomas até que a primeira fratura aconteça. Muitas vezes, o diagnóstico só ocorre após uma queda aparentemente simples, mas que resulta em uma lesão grave”, explica o ortopedista Carlos Francisco Bittencourt, do Hospital Municipal Evandro Freire, unidade de referência no atendimento a traumas e população idosa na Ilha do Governador (RJ).
Um problema de saúde pública
A osteoporose é caracterizada pela perda de massa óssea e pela deterioração da estrutura do osso, tornando-o mais frágil e suscetível a fraturas. Estima-se que, no mundo, uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens acima dos 50 anos sofrerão uma fratura osteoporótica ao longo da vida, segundo dados da IOF.
No Brasil, o impacto é expressivo: de acordo com o Ministério da Saúde, as fraturas de fêmur, frequentemente associadas à osteoporose, são responsáveis por mais de 100 mil internações anuais pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Além das complicações físicas, o problema tem desdobramentos sociais e econômicos significativos, já que cerca de 20% dos pacientes idosos que fraturam o quadril morrem em até um ano após o evento, devido a complicações relacionadas à imobilidade e infecções.
Risco silencioso e fatores agravantes
Entre os principais grupos de risco estão mulheres após a menopausa, homens acima dos 70 anos, e pessoas com histórico familiar de fraturas ou hábitos de vida pouco saudáveis, como sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool. A baixa ingestão de cálcio e vitamina D também é um fator determinante para o enfraquecimento dos ossos.
“Um ponto crítico é que a osteoporose, por ser assintomática, costuma passar despercebida até que a primeira fratura aconteça. Por isso, a avaliação médica periódica é essencial, especialmente após os 50 anos, quando o risco aumenta de forma expressiva”, alerta o Dr. Bittencourt.
Prevenção é o melhor tratamento
Segundo o especialista, as fraturas por fragilidade, que podem ocorrer após quedas simples, como tropeçar dentro de casa, têm grande impacto na qualidade de vida. “Muitos pacientes perdem a autonomia e passam a depender de cuidadores ou familiares para atividades básicas. É uma mudança brusca e difícil de reverter”, explica.
A boa notícia é que a osteoporose pode ser prevenida e controlada. O médico destaca que a adoção de hábitos saudáveis desde cedo é o melhor caminho para manter os ossos fortes:
- Alimentação equilibrada, rica em cálcio (leite, queijos, iogurtes, vegetais verdes) e vitamina D (peixes, ovos, exposição solar);
- Atividade física regular, com foco em exercícios de impacto leve e fortalecimento muscular;
- Exposição solar controlada, de 15 a 20 minutos por dia, para ativar a produção de vitamina D;
- Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool;
- Acompanhamento médico regular e realização de densitometria óssea após os 50 anos.
Para quem já foi diagnosticado com osteoporose, o tratamento é individualizado e pode incluir medicamentos que estimulam a formação óssea, suplementação e fisioterapia. Além disso, adaptar o ambiente doméstico é essencial para prevenir quedas, como evitar tapetes soltos, instalar barras de apoio e garantir boa iluminação nos cômodos.
Viver mais e melhor
O médico reforça que o diagnóstico precoce e as medidas preventivas fazem toda a diferença para envelhecer com autonomia, segurança e qualidade de vida.
Com o aumento da longevidade da população brasileira o tema torna-se ainda mais urgente. Segundo o IBGE, mais de 15% dos brasileiros terão 65 anos ou mais até 2030. “Envelhecer com saúde também significa cuidar da estrutura que nos sustenta: nossos ossos. Quanto mais cedo a prevenção começa, menores são os riscos no futuro”, conclui Dr. Bittencourt.
Números da osteoporose no Brasil e no mundo
- 10 milhões de brasileiros convivem com a osteoporose (IOF)
- 1 em cada 3 mulheres e 1 em cada 5 homens acima dos 50 anos terão uma fratura osteoporótica (IOF)
- Mais de 100 mil internações anuais no SUS por fratura de fêmur (Ministério da Saúde)
- 20% dos idosos com fratura de quadril morrem em até 12 meses após o evento (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia)
- Apenas 1 em cada 3 pessoas com osteoporose recebe diagnóstico ou tratamento adequado (IOF)
Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento
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