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25 de Abril de 2023
Por Ademir Medina
A temática de inclusão e diversidade nas organizações em geral tornou-se necessária e uma grande pauta de discussão. Nunca se falou tanto sobre a prática. Mas abordar o assunto é, inicialmente, garantir a compreensão das diferenças e a busca pela equidade e justiça social.
Diante deste cenário, é importante analisar de que forma as pessoas percebem as práticas de diversidade nas organizações em que trabalham. Como gestor de uma Organização Social de Saúde (OSS), que investe em ações de prevenção e promoção à saúde, ao abordar uma temática tão relevante como esta, reafirmo nosso compromisso de que a saúde constitui um direito social básico para as condições de cidadania da população brasileira e que, para que ela aconteça, é primordial pensar em um modelo baseado em um ecossistema que contemple a inclusão e a diversidade.
Acredito que o assunto ainda é bastante recente nas organizações de saúde. Quando abordado, é implementado com um foco pontual, distante do método necessário, e quase sempre voltado, quase que exclusivamente, às minorias, o que, por si só, surge como uma grande barreira ao desenvolvimento da saúde, tanto dos pacientes como dos colaboradores, que priorize a sua integralidade.
Tenho procurado, insistentemente, integrar as redes ou sistemas de atenção à saúde (RAS) no cuidado prestado à pessoa com deficiência, à mulher e à população negra e LGBTQIAPN+. Atualmente, o CEJAM, por meio de seu ecossistema de saúde, tem um trabalho bastante qualificado de atenção à saúde a estes usuários, desde a casa das pessoas até o hospital.
Com isso, espera-se maior qualificação das práticas assistenciais dos serviços da RAS, além de maior envolvimento dos profissionais na pauta de inclusão e diversidade.
Importante ressaltar que, quando falamos em diversidade, não estamos falando apenas de gênero e sexualidade, mas de território, raça/cor e condições sociais, que também afetam a chegada das pessoas aos serviços de saúde. O que se espera, de fato, é a redução da vulnerabilidade e o fortalecimento das práticas de promoção e prevenção, sem distinção de singularidades e especificidades.
O cuidado humanizado multidisciplinar é a principal demanda da população de uma forma geral. Tratando-se de CEJAM, os serviços oferecidos têm a premissa de mudar a vida das pessoas com um atendimento integral, ou seja, contemplando tanto as esferas biomédicas, clínicas e farmacológicas quanto as sociais, subjetivas e culturais.
Precisamos nos provocar a entender a nossa responsabilidade, que vai além da oferta do cuidado à saúde. É provocar o sistema de saúde e criar condições para termos uma sociedade com mais equidade, que passa obrigatoriamente pela inclusão e diversidade. E a educação é ponto central nesta discussão, tendo a saúde como importante aliada.
Finalizo deixando aqui a reflexão de que preservar os direitos humanos é essencial para garantirmos que sejam cumpridos todos os princípios do SUS (Sistema Único de Saúde). Promover estratégias que garantam acessibilidade, equidade e integralidade é crucial à saúde e vida das pessoas e ao fortalecimento de ações de diversidade e inclusão.
Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento
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