Equipe de Saúde Mental do CEJAM realiza III Encontro de Terapia Comunitária

A equipe de Saúde Mental do CEJAM promoveu na última semana o III Encontro de Terapia Comunitária na região do M´Boi Mirim. O tema do encontro foi "Mãos que falam e olhos que ouvem", que pressupõe o princípio de uma comunidade inclusiva, onde todas as pessoas podem aprender juntas, não importando quais são as suas dificuldades ou diferenças.

O evento contou com a participação de aproximadamente 100 pessoas, dentre eles usuários que estão presentes nas rodas de terapia comunitária realizadas nos Serviços de Saúde, terapeutas comunitários, conselheiros gestores, profissionais de saúde e convidados.

A programação foi composta por diversas atrações tais como dança circular, reiki em mutirão, apresentação do musical "Feira de Mangaio", realizado pelo grupo de idosos da UBS Jardim Nakamura, além da participação do grupo de música do CAPS AD III Jardim Ângela e a vivência da árvore da vida, atividade na qual foram explanados os temas crenças, valores, heranças culturais, habilidades, sonhos, esperanças, expectativas, dádivas recebidas e herança afetiva coletiva.

“A Terapia Comunitária é um instrumento que visa à promoção da saúde, prevenção do adoecimento psíquico e formação de redes sociais imprescindíveis para o enfrentamento dos problemas sociais que afetam diretamente a saúde mental da população”, explica Tatiana Mendes, supervisora técnica de saúde mental do CEJAM.

TERAPIA COMUNITÁRIA

O alto número de relatos envolvendo transtornos mentais é assustador. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a quantidade de casos de depressão cresceu 18% em dez anos e até 2020, esta será a doença mais incapacitante do planeta, na previsão da OMS.

A equipe de saúde mental do CEJAM, desde 2010, abraçou a causa e tem praticado diversas atividades e as rodas de terapia comunitária (TC) com a população que vive nas regiões em que o CEJAM atua. Desde a implantação do projeto até setembro deste ano, a equipe realizou 2.920 rodas de TC, alcançando um número de 24.316 pessoas atendidas.

“Nas rodas de TC, o Terapeuta Comunitário assume um papel de facilitador, permitindo que as informações circulem, rompendo com o modelo que privilegia a informação concentrada num único indivíduo, portador de soluções, pois reconhece as competências individuais, evidencia que se o grupo tem problemas, ele também soluções. O terapeuta comunitário tem apenas a função de suscitar essa capacidade terapêutica que emerge do próprio grupo”, explica Tatiana.

Fonte: Assessoria de Imprensa CEJAM

São Paulo