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10 de Janeiro de 2019

Estratégia Saúde da Família: tendências para um SUS mais humano e efetivo

A Estratégia Saúde da Família (ESF) promove a prevenção de diversas doenças e resulta em maior qualidade de vida dos pacientes, por meio de acompanhamento e vínculos entre estes e profissionais de saúde da UBS local. A equipe ESF é formada, geralmente, por agentes comunitários de saúde, auxiliares de enfermagem, enfermeiros e médicos. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), tal estratégia pode resolver até 80% dos problemas de saúde da população atendida.

Mas o que é, exatamente, a ESF? Quais são suas tendências? Há interesse de médicos em atuar na área? Para responder a essas e outras perguntas, conversamos com Mariluce de Paula Oliveira, médica especialista em saúde da família que atua na UBS Vera Cruz, gerenciada pelo CEJAM.

Segundo a SMS, a Estratégia Saúde da Família busca “promover a qualidade de vida da população brasileira e intervir nos fatores que colocam a saúde em risco, como falta de atividade física, má alimentação e o uso de tabaco”, por meio da aproximação com o paciente e do acompanhamento periódico com o mesmo.

Para Dra. Mariluce, o significado da estratégia vai além. “A ESF vem de um histórico de duas décadas, começou como um programa de agentes comunitários de saúde e evoluiu com o tempo, quando percebeu-se a necessidade de se ter um médico na equipe que conseguisse ter esse olhar de referência para os pacientes do território”, comenta.

A médica menciona como exemplo de sucesso da estratégia uma de suas pacientes, mulher de meia-idade que fazia acompanhamento com a equipe da ESF na UBS Vera Cruz e que, em determinado momento, foi diagnosticada com um nódulo na tireóide. “Nós fizemos todos os procedimentos que estavam ao nosso alcance. A encaminhamos para um endócrino e todo o processo foi feito em um período muito curto de tempo. Essa paciente foi operada rapidamente e retornou para a consulta já em processo de recuperação”, comemora.

No entanto, ainda falta interesse de brasileiros em atuar com medicina da família. De acordo com levantamento do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), apenas 2% dos médicos no país são especialistas na área. Além disso, com a saída de Cuba do Mais Médicos, cerca de 2.800 profissionais da Estratégia Saúde da Família se inscreveram no programa federal e pretendem deixar o SUS, gerando, dessa forma, um déficit na estratégia.

Dra. Mariluce comenta que, para mudar esse cenário atual e incentivar profissionais a ingressarem na área, as palavras-chave são valorização e mudança de cultura. “A medicina da família é uma especialidade como outra qualquer, e deve ser tratada com o mesmo respeito. O incentivo e mudança de cultura, nesse sentido, devem começar já na faculdade”, diz.

Por outro lado, essa estratégia vem ganhando espaço também em redes particulares de saúde, que começam a investir gradualmente na ESF, onde o SUS é pioneiro. Para a médica, o interesse privado na medicina da família busca diminuir custos e criar vínculos com usuários de planos de saúde. Questiona: “Se eles podem resolver até 80% dos problemas de saúde apenas na atenção primária e ainda criar um vínculo duradouro com os usuários, por que não investir nisso?”

Dra. Mariluce atua com medicina da família há mais de 17 anos e, em outubro de 2018, foi um dos 7 profissionais do CEJAM contemplados com o título de Especialista em Medicina de Família e Comunidade, durante o 1° Congresso Sudeste MFC, que ocorreu em São Paulo. “O CEJAM incentivou bastante os profissionais que já atuavam com a ESF a realizarem a prova para recebermos o título”, diz. E confessa. “Mesmo com todas as dificuldades que minha profissão têm, sou muito feliz com essa escolha de trabalhar com medicina da família. O título que recebi é motivador, me incentiva a sempre ir em frente e tentar melhorar cada dia mais”. 

Mesmo recente, a Estratégia Saúde da Família pode representar um avanço na humanização e valorização do SUS, de seus profissionais e, especialmente, de seus pacientes, com tendências que indicam crescimento e sucesso cada vez maiores. 

E você, o que acha da Estratégia Saúde da Família? Deixe seu comentário em nossas redes sociais! 

Fonte: Bianca Ribeiro/ Assessoria de Comunicação

São Paulo

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