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Saúde

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08 de Abril de 2024

Introdução alimentar: saiba como construir hábitos saudáveis de alimentação para o seu bebê

Um momento de descobertas, mas, ao mesmo tempo, cheio de desafios e complexidades, essa é a fase em que o bebê começa a dar os primeiros passos rumo a uma alimentação mais sólida.

Para muitos pais, dúvidas sobre quando e como realizar essa mudança são comuns e compreensíveis. A transição da amamentação exclusiva para a introdução de outros alimentos é um marco importante no desenvolvimento do pequeno e, por isso, requer cuidados por parte dos cuidadores.

“A introdução alimentar deve ser iniciada a partir dos 6 meses, que é o período em que as crianças já estão prontas para começar a comer novos alimentos. Até os 6 meses, o leite materno é o alimento ideal para o bebê, pois oferece tudo que ele precisa para crescer e se desenvolver, sem necessidade de nenhum outro alimento, nem mesmo água”, afirma Carolina Xavier da Silva, nutricionista da UBS Horizonte Azul, gerenciada pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.

Do início do processo até os 2 anos, é recomendado que o bebê continue a consumir o leite materno, mas que também tenha em sua rotina 2 ou 3 refeições ao dia. Essas refeições podem variar entre almoço, lanche da tarde e jantar, não existe uma regra específica sobre qual deve ser introduzida primeiro. O importante é que, aos 7 meses, a criança já esteja recebendo as 3 refeições completas.

No entanto, é essencial que a dieta inclua alimentos diversificados, priorizando opções saudáveis e nutritivas. “É importante que os pais organizem com cuidado esse período, pois uma introdução alimentar bem realizada contribui para o crescimento e desenvolvimento adequado da criança e para a prevenção da seletividade alimentar, evitando o baixo peso, obesidade infantil e doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes mellitus tipo 2 e hipercolesterolemia”, explica a nutricionista.

Por isso, sempre que possível, o indicado é montar refeições combinando opções de cada um dos 6 seguintes grupos de alimentos: o primeiro é o de cereais e tubérculos, que conta com uma diversidade de opções nutritivas que podem ser introduzidas gradualmente na dieta do bebê. Arroz, batata, inhame, mandioca e milho são alguns dos alimentos indicados.

O segundo grupo, por sua vez, é o das leguminosas, como feijão, lentilha, grão de bico e ervilha, que são excelentes fontes de proteínas vegetais e fibras e oferecem uma variedade de vitaminas e minerais essenciais.

O terceiro grupo de alimentos é o das proteínas, em que se pode oferecer ao bebê carnes magras, frango, ovos e peixes. Já o quarto é o dos legumes, e, nesse caso, opções como cenoura, chuchu, abobrinha, berinjela e beterraba são interessantes para começar a alimentação.

O quinto grupo é o das verduras. Aqui, opções como acelga, alface, couve e espinafre são sugeridas pela nutricionista. Elas são ricas em vitaminas A, C, K e ácido fólico, além de minerais como cálcio e ferro.

E, por fim, o sexto grupo: o das frutas. Nele, podem ser trabalhadas alternativas como banana, laranja, maçã, pera, melão, melancia e mamão, que são excelentes fontes de vitaminas.

“Elas são, naturalmente, doces e oferecem uma maneira deliciosa de satisfazer o paladar do bebê enquanto fornece nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento saudáveis”, reforça Carolina.

No geral, os alimentos devem ser mantidos separados no prato e amassados com o garfo, em vez de serem batidos no liquidificador ou peneirados. Dessa forma, o bebê pode apreciar o sabor e a textura de cada alimento, além de receber estímulos para a sua mastigação. As carnes devem ser bem cozidas e oferecidas em pedaços pequenos ou desfiados. Já os alimentos crus, como as frutas, podem ser raspados ou amassados.

Segundo a profissional, os pais podem até ajudar a criança a se alimentar, mas é importante que a deixem segurar o alimento com as mãos ou a colher.

“Outra coisa importante na introdução alimentar: se a criança recusar algum alimento, espere alguns dias e volte a oferecê-lo junto com algum outro que já gosta. Se a recusa continuar, experimente mudar a forma de preparo. Nessa fase, é importante ter paciência e persistir.”

Nutrição desde o início

Para apoiar mães e cuidadores, a Linha de Cuidados Materno-Infantil do SUS, presente nas unidades básicas de saúde públicas gerenciadas pelo CEJAM, desenvolve diferentes ações, desde a gestação até a primeira infância, incluindo a prevenção e a promoção da saúde nutricional infantil.

Essa abordagem possibilita uma assistência segura e humanizada de qualidade para mulheres grávidas e crianças, além de acompanhamento contínuo por profissionais multidisciplinares.

"Durante os atendimentos em consultas, grupos e visitas domiciliares, são realizadas orientações nutricionais gerais e específicas para a mãe, levando em consideração suas necessidades individuais", declara Edcley Soncin, gerente da UBS Horizonte Azul e da linha de cuidado.

Entre as diretrizes, estão inclusas orientações para os pais e cuidadores sobre como oferecer uma alimentação saudável e nutritiva para o bebê, ao mesmo tempo em que são alertados sobre os malefícios de uma introdução alimentar tardia e/ou realizada de forma incorreta, com a oferta de alimentos industrializados e açucarados nos primeiros anos de vida da criança, por exemplo.

As pacientes aprendem, ainda, a importância da alimentação saudável para um desenvolvimento físico e cognitivo adequado, além das diferentes formas de aleitamento e como realizá-las.

Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento

Saúde Nutrição

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